domingo, 9 de dezembro de 2012

 
AVESTRUZ
 
Paola Rettore acabou de editar um belíssimo livro de artista intitulado “AVESTRUZ – só tenho rascunhos”, no qual apresenta uma série de “percursos e andanças na cena urbana”.
 
Em “AVESTRUZ”, e por entre textos, poemas e muita fotografia, Paolla expõe algumas das suas obras de dança, nas quais as encenações, a conceção dos figurinos e o contexto em que estas são apresentadas, numa interação solicitada e permanente com as pessoas que passam, resultam em obras estéticas de grande criatividade.
 
O livro, com uma pequena tiragem numerada e algumas das páginas executadas à mão, vem acompanhado por um DVD realizado por Marcelo Kraiser onde se pode ver, na íntegra, as intervenções de onde resultam as fotos e os textos que constituem “AVESTRUZ”.
 
Mas vou passar ao extrato do pequeno texto que escrevi e que vem publicado na contracapa do livro: “Os trajes/figurinos que Paola Rettore re(a)presenta quer em  situações de vivencia urbana, onde em muitas das imagens é revelador o contraste entre a a beleza do adereço e a rudeza do ambiente envolvente “…” quer inseridas no ambiente sofisticado e asséptico do estúdio fotográfico, onde as vestes e a movimentação conjugadas com a singularidade/seriedade das expressões faciais e do exercício da sensualidade do corpo se associam a objetos comuns que, no contexto contribuem para a dramatização da situação registada pela câmara fotográfica, configuram obras de arte “per si”.
 
“No mesmo resultam muitas das fotografias que aqui se podem observar e que conformam obras de arte contemporânea de irrepreensível qualidade artística e técnica. Obras fotográficas que, afinal, a Paola sempre concretizou, a partir da dança, da performance ou na própria edição.”
 
“Nestas fotografias, a artista revela de novo a sua verve criativa, “…” uma artista plenamente embrenhada na conceção e na revelação da sua arte, centrada na dança, mas também no cuidado que sempre demonstrou na criação dos adereços que desenvolveu para a realização do seu trabalho nessa área.”
 
“Ao contrário do belíssimo poema “Acaso Falta” (que em tempos comentei à autora que gostaria de ter sido eu a escrevê-lo), “…alta / falta F // fata / falta L  // fala / falta T // para completar”, neste triplo trabalho de criação estética na inventividade dos adereços - exposição pública - registo fotográfico, tudo fala e nada falta!”
 


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