sexta-feira, 21 de março de 2008

SONETO ECOLÓGICO
3º Aniversário
Para além de começar a Primavera, hoje comemora-se o Dia Mundial da Poesia, o Dia da Árvore, assim como o Dia Mundial da Floresta.
E faz 3 anos que o “Soneto Ecológico” foi plantado em Matosinhos.
As 70 árvores que o constituem vão-se desenvolvendo e este vai tomando corpo à medida que nelas crescem e murcham as folhas, metamorfoseando-se ciclicamente e proporcionando ao Soneto uma permanente mudança de visual.
Infelizmente o Departamento do Ambiente não quis este ano assinalar a efeméride com uma leitura de poesia no local, feita por alguns poetas, à semelhança do que aconteceu o ano passado na inauguração do arranjo paisagístico.
Ficam aqui quatro fotos do Soneto Ecológico, uma delas tirada do Virtual Earth, provavelmente durante o verão, quando o trevo que constitui a “página” onde o Soneto está escrito, seca e fica com aquele ar um pouco desolador.
Mas essa fotografia dá pelo menos uma ideia da dimensão deste poema vivo, plantado no Parque do Soneto, a cerca de 1000 metros da Câmara Municipal de Matosinhos.
Fernando Aguiar, "Soneto Ecológico", 110x36 metros (Virtual Earth)
Fernando Aguiar, "Soneto Ecológico", Março de 2007

domingo, 16 de março de 2008

POÉSIES EXPÉRIMENTALES
Zone numérique (1953-2007)
É este o título do último livro de Jacques Donguy, poeta visual e professor universitário, que faz um estudo aprofundado das experiências da poesia concreta até à poesia digital, seguida de uma extensa bibliografia internacional.

O livro publicado no final do ano passado pela “les presses du réel”, em Dijon, tem 400 páginas, cerca de duas centenas de fotografias e poemas visuais, capa dura e com um trabalho gráfico e impressão de grande qualidade.

Faz um historial da evolução da poesia experimental e da sua relação com os suportes tecnológicos utilizados pelos poetas nestas últimas décadas, ficando a ideia de que a poesia visual (arte da linguagem) tem tido uma evolução paralela à música ou às artes plásticas, assim como uma constatação curiosa, a de que depois de Gutenberg (1456) e da tipografia, toda a poesia tem tido um suporte tecnológico…

Faz igualmente um resumo das poéticas experimentais de vários países. Em relação a Portugal, Jacques Donguy revela algum desconhecimento ou falta de interesse pela experimentação portuguesa, reconhecida internacionalmente pela sua qualidade. No pequeno capítulo sobre Portugal, refere-se apenas ao meu trabalho (inclui uma fotografia da minha performance em Barcelona, 1995) e faz uma nota de rodapé sobre o “Soneto Ecológico”. Apresenta ainda um trabalho meu na antologia de poesia visual, anexa ao capítulo sobre esse tema.

O E. M. de Melo e Castro é citado meia dúzia de vezes ao longo do livro, associado a manifestações colectivas, e refere-se apenas uma única vez a Ana Hatherly e a César Figueiredo pelo mesmo motivo. Na secção de videopoesia está também uma foto do Melo e Castro mas sem título nem data.
Fernando Aguiar, "Constelação Poética", 1989

domingo, 9 de março de 2008

BIG ODE # 4 - Poesia e Imagem
“Urbe” foi a temática escolhida pelo Rodrigo Miragaia para a BIG ODE #4, mais um excelente número desta revista de “Poesia & Imagem”.

Desta vez com num formato horizontal e 112 páginas, apresenta várias histórias, poemas, desenhos e fotografias sobre a(s) cidade(s).

Participam 50 autores de vários países, e referindo apenas alguns, temos Reed Altemus, Constança Lucas, Avelino Araújo, Hilda Paz, Artur Aleixo, Amadeu Baptista, Klaus Peter Dencker, Maria João Lopes Fernandes, Fernando Esteves Pinto, Ângelo Mazzuchelli, Sara Rocio, Hugo Pontes, Rui Carlos Souto, Nuno Luz, Margem D’Arte, António Marques da Silva, Mário Pereira, Rodrigo Miragaia, Luc Fierens e Clemente Padin. Desta feita a entrevista é com Isabel Ribeiro, e eu participei com 3 poemas do final dos anos 70 e com fotografias de Hong Kong, de 2005. http://www.big-ode.blogspot.com/
Fernando Aguiar, S/Título, 2005

quinta-feira, 6 de março de 2008

POÉTICAS & EX-POÉTICAS
Inaugura hoje, pelas 18.00 horas, a minha exposição “POÉTICAS E EX-POÉTICAS” na galeria de exposições da Biblioteca Municipal D. Dinis, em Odivelas.
Os poemas visuais apresentados nesta exposição fazem parte de uma série de cerca de 60 colagens realizadas em 1996 e 1997, que têm como principal característica o facto de utilizarem gravuras do Séc. XIX e letras de vinil desenhadas e recortadas com o recurso a meios informáticos, assim como letraset do final do Séc. XX., resultando na conjunção de linguagens (visual e alfabética) de dois séculos diferentes e com mais de 100 anos de distância entre si.
Trabalhos desta série foram já apresentados na Biblioteca Municipal das Caldas da Rainha (1998), na Biblioteca Municipal da Tapada das Mercês (1998) e no Museu Nacional do Traje, em Lisboa (2004).
Dos poemas agora patentes cerca de metade vão ser expostos pela primeira vez. No entanto já foram quase todos publicados em diversas revistas e jornais culturais em Portugal, Espanha, Itália, França, Canadá, Brasil, U.S.A., Índia e na Hungria, e em antologias literárias na Rússia, Brasil, Canadá, Hungria e em Portugal.
A Biblioteca Municipal D. Dinis fica na Rua Guilherme Gomes Fernandes, em Odivelas, e a exposição pode ser visitada de 3ª-feira a sábado das 10h30 às 18h30, até ao dia 29 de Março.
Os trabalhos podem ser vistos em http://www.fernando-aguiar.blogspot.com/