quinta-feira, 30 de agosto de 2012



BIENNALE DI MALINDI

O poeta italiano Sarenco, com residência há vários anos no Quénia, para além de ter organizado várias exposições com artistas locais e também estranjeiros em espaços culturais quenianos, e de organizar exposições com artistas africanos em itália, no seu estúdio em Brescia, é também o organizador das Bienais Internacionais de Arte no Malindi.

A BI.MA.3 – Third Malindi International Biennal of Art, para a qual fui convidado, tem como “curador” Achille Bonito Oliva, e realizou-se entre o final de Dezembro de 2010 e Fevereiro de 2011. Recebi, finalmente, o excelente catálogo da Bienal, com um formato de 29x24 cm e 360 páginas profusamente ilustradas, com a excelência editorial da Adriano Parise Editore.

Entre os cerca de 50 participantes na Bienal, estão Fernando Aguiar, Albrecht/d., Julien Blaine,  Eros Bonamini, Jean-François Bory,  Monty Cantsin, Andrea de Carvalho, Luc Fierens, Arrigo Lora-Totino, Lucia Marcucci, Tommy Motsway,  John Nzau, Antonio Ole, Cheri Samba, Luigi Tola e Peter M. Wanjau.

O catálogo tem ainda uma secção dedicada aos “The Super Schamans” Joseph Beuys, Alighero Boetti, John Cage, Gino de Dominicis, Robert Filliou, Lucio Fontana, Yves Klein, Mario Merz, Nam June Paik e Julian Schnabel.

Nas anteriores edições da Bienal participaram nomes como Bernard Aubertin, Francesco Baronti, Hans Clavin, Giovanni Fontana, Fabrizio Garghetti, Pierre Garnier, Innocente, Abdallah Salim, Sarenco, Shozo Shimamoto ou Graeme Williams.

Fernando Aguiar, acrilyc on canvas, 2010


Fernando Aguiar,  acrilyc on canvas, 2010


sexta-feira, 24 de agosto de 2012


OFFERTA SPECIALE

O número 49 da revista italiana “OFFERTA SPECIALE: Che Bontá !”, dirigida pelos poetas Carla Bertola e Alberto Vitacchio, foi publicada em Maio em Torino e, nas suas 56 páginas apresenta sobretudo  poemas verbais, verbo-experimentais e visuais.

Os autores são mais de 30 e entre eles estão Michele Perfetti, Dobrica kamperelic, Pete Spence, Daniel Daligand, Vittore Baroni, Jürgen O. Olbricht, Andrew Topel, Fernando Aguiar, Giovanni Strada, Serge Segay e Rea Nikonova.

De salientar que este é o 25º ano de publicação desta revista, das mais antigas e carismáticas entre as que se dedicam à poesia experimental e visual.

Fernando Aguiar, "Calligraphy", 2006



quinta-feira, 16 de agosto de 2012


DOC(K)S

Em 1986 Julien Blaine convidou-me para organizar o número da revista DOC(K)S dedicada a Portugal, convite que muito me satisfez porque na altura a DOC(K)S era  a mais importante revista de “vanguarda” (poesia experimental e visual, performance, fotografia, desenho, electrografia…) que se publicava na europa, e ainda hoje (dirigida por Philippe Castelin e Jean Torregrosa), é a mais importante publicação internacional que se dedica essencialmente à poesia visual.

Com números a rondar as 400 páginas, esta sempre foi uma revista de “peso” em todos os sentidos, e receber aos 29 anos o convite para organizar um número desta prestigiada revista, foi um verdadeiro desafio. (Entretanto, e ao longo destes anos, já participei numa dúzia de edições. Faço parte, aliás, do comité de redação internacional da DOC(K)S).

Como me foi dada “carta branca” para organizar essa edição, resolvi dividir a colaboração em duas secções que para mim eram as mais significativas na altura e que estavam mais de acordo com o espírito da revista, considerando que Julien Blaine queria dar uma visão daquilo que se estava a fazer de mais inovador no campo das artes e da literatura em Portugal.

Na primeira, com um prefácio que intitulei “Quelques notes sur la poésie visuelle portugaise”, incluí obras de António Dantas, E. M. de Melo e Castro, Ana Hatherly, Alexandre O’Neil, António Barros, António Campos Rosado, Antero de Alda, António Aragão, Alberto Pimenta, Silvestre Pestana, Abílio-José Santos, José-Alberto Marques, António Nelos e Fernando Aguiar.

Na segunda parte, que se inicia com o texto “La Performance au Portugal “ foram apresentadas fotos de intervenções de António Barros, Vítor Pi e Joaquim Lourenço, Carlos Gordilho, Fernando Aguiar, Miguel Yeco, Rui Órfão, Ção Pestana, Delphim Miranda, Albuquerque Mendes, Elisabete Mileu, Grupo Neon (Carlos Barroco, José Fabião e Nadia Bagiolli), Francisco Ginjeira, Artitude:01 (António Barros, Isabel Carlos, Isabel Pinto, João Torres, José Louro e Rui Órfão), António Olaio, Ana Hatherly, João Vieira, e Alberto Carneiro, terminando a secção dedicada a Portugal com uma bibliografia sobre a Poesia Visual Portuguesa.

A capa da DOC(K)S Nº 80, publicada faz agora 25 anos, foi feita com a fotografia de uma performance de Ção Pestana intitulada “Vénus-Ção”, de 1984.

Fernando Aguiar, "Ensaio deste Tamanho", 1983


António Olaio, 1985


Elisabete Mileu, 1985


Miguel Yeco, 1985


Carlos Gordilho, 1985


Fernando Aguiar, 1985

quarta-feira, 8 de agosto de 2012



CHICOS

Emerson Teixeira Cardoso e José Antonio Pereira que tive o prazer de conhecer em Cataguases, quando apresentei em 2008 uma performance poética no Museu Chácara Dona Catarina, acabaram de editar o número 35 do e-zine “CHICOS – Prosa e Verso em Cataguases”, que inclui 6 poemas visuais meus.

Esta pequena mas bonita cidade ao sul de Minas Gerais tem um passado cultural extremamente rico na área do cinema e da escrita. Segundo me lembro, Cataguases é considerada o berço do novo cinema brasileiro, e de várias revistas de literatura (nos anos 90 participei na “Revista de Literatura e Arte - PENSAMINTO”, editada pela poetisa Idalina de Carvalho). É também a cidade de poetas como Joaquim Branco, Ronaldo Werneck, P. J. Ribeiro, e de muitos outros bons escritores.

No “dedim de prosa” é referido que “A e-zine abre com a incrível poesia do português Fernando Aguiar que se apresentou há algum tempo em Cataguases numa de suas fantásticas performances”.

Participantes neste Nº 35: Fernando Aguiar, Alberto Bresciani, Zeca Junqueira, Martín Araujo, Antonio Perin, Jackie Kay, Ronaldo Brito Roque, Eltânia André, Antônio Jaime, Leonardo Campos e Ronaldo Cagiano, para além dos editores da revista.

 Fernando Aguiar, 1992


  Fernando Aguiar, 1998


Fernando Aguiar, 1989