quarta-feira, 30 de março de 2011

PENSO-RÁPIDO


O blog “letras et cetera”, presentemente em cessação de actividade, “editou” on-line, há algum tempo, postais com obras poéticas e visuais de diversos artistas, maioritariamente brasileiros.

Podem-se encontrar nomes como os de Edson Costa Duarte, Jorge Vicente, Lenine de Carvalho, Fernando de Oliveira, José Gil ou Sónia Regina, a coordenadora do dito.

No caso do meu curtíssimo poema, foi escolhida uma imagem de J. Barros, que não conheço, mas que realizou uma estranha e curiosa ilustração para esse poema de 1995, incluído no livro “TUDO POR TUDO”, numa edição da Escrituras editora, de S. Paulo.

Este e outros postais podem ser vistos em: http://nanquin1.blogspot.com/2010/04/cartoes-poeticos.html



sábado, 26 de março de 2011


CAVELLINI
LOTTERIA DI MONZA

Bruno Chiarlone, um mail-artista italiano, tem publicado nos últimos anos alguns livros com obras do seu arquivo pessoal, resultante das diversas exposições que tem organizado desde o final dos anos 80, muitos deles dedicados a Cavellini, amigo e, pelos vistos, a principal referência artística de Bruno.

Por essa altura também mantive correspondência com o Guglielmo Achille Cavellini (na verdade mais ele comigo do que o contrário, já que ia recebendo com regularidade os catálogos e outra documentação que produzia). Ainda hoje tenho vários auto-colantes redondos que se tornaram na sua imagem de marca, (reproduzida em baixo, na minha colagem), cujo elemento mais curioso era o facto de colocar a seguinte data: 1914-2014, que tanto podia ser a do seu previsto falecimento, como simplesmente a do centenário do seu nascimento. Se a ideia era a primeira hipótese, devo dizer que falhou, já que Cavellini faleceu no final dos anos 90.

Mas desta excêntrica personagem ficaram-me algumas memórias curiosas: a primeira foi o facto dele ter ”enjaulado” uma série de pinturas que realizou, mas das quais não gostava, como se tivessem sido colocadas dentro de “paletes” em pinho, e depois expôs esses objectos que passaram a ser novas obras plásticas.

Foi também um adepto (o idealizador?) das exposições ao domicílio: enviava séries de postais com as suas obras dentro de capas onde estava impresso por baixo do título da exposição “exposição ao domicílio”, para amigos e artistas de todo o mundo, para que pudéssemos “assistir” às exposições que realizava.

Foi também um performer. Apresentava-se com a sua característica gabardine branca toda escrita (é bastante conhecida a foto onde ele está vestido com a dita, junto a Andy Wharol), mas o seu projecto mais criativo foram as inúmeras capas de catálogos que desenhou para as exposições que supostamente iria fazer nos mais importantes Museus de Arte Contemporânea internacionais, para os quais nunca foi convidado…

Mas voltando ao livro do Bruno Chiarlone, as 90 páginas impressas a cores contêm a reprodução de obras realizadas em homenagem a Cavellini por várias dezenas de artistas internacionais tais como Anna Boschi, Adolfina De Stefani, Antonio Sassu, Bartolomé Ferrando, Bruno Capatti, Carla Bertola, César Reglero, Clemente Padin, Dobrica Kamperelic, Emilio Morandi, Fernando Aguiar, Julien Blaine, Jürgen O. Olbrich, Klaus Groh, Ko De Jonge, Lancilloto Bellini, Luc Fierens, Michelle Perfetti, Reed Altemus, Tulio Restrepo, Rod Summers, Ruggero Maggi, Ryosuke Cohen ou Vittore Baroni.

Fernando Aguiar, "Homenagem a G.A.C."

segunda-feira, 21 de março de 2011

  SONETO ECOLÓGICO

 Serve esta para assinalar o 6º Aniversário da plantação do “SONETO ECOLÓGICO”, em Matosinhos.

Infelizmente não tenho tido a possibilidade de ir ao norte, (desde Maio de 2009), pelo que não sei como está, actualmente, o SONETO. Calculo que mais crescido e, espero, bem tratado.

Como pouco tenho a acrescentar, o melhor é mostrar algumas das fotografias obtidas na última visita que lhe fiz...








segunda-feira, 14 de março de 2011

PERFORMANCE & POÉTICAS

A inauguração da minha exposição “ART ACTIONS AGAIN” na Galeria dos Prazeres, na Calheta, começou com uma intervenção poética durante a qual interpretei vários poemas experimentais.

Ao fim de mais de 30 anos de actividade, foi a primeira vez que apresentei o meu trabalho na Madeira, apesar do Funchal ter sido um importante embrião da Poesia Experimental em Portugal em meados dos anos 60, através da acção de António Aragão, falecido em Agosto de 2008.

A sala principal da Galeria dos Prazeres não é muito grande, mas tem uma arquitectura bastante agradável e está enquadrada num espaço muito bonito, complementada por um jardim onde decorreu o “cocktail”, onde não faltou a “poncha” nem o vinho da Madeira.

Mas mais importante que as descrições são as imagens, e aqui ficam elas: da performance, da inauguração e da exposição.

Quem quiser conhecer a reportagem da RTP Madeira sobre a exposição, pode ver a partir do minuto 5,45…











quarta-feira, 9 de março de 2011




SE VENDE ???

Integrada na Bienal de Ex-Poesia, organizada pelo colectivo L.U.P.I (La Ultima Porta a la Isquierda), em Barakaldo, Espanha, os activistas poéticos Juan Crego e Patxi Serrano organizaram uma acção “literária” que consistiu na impressão de um cartaz de grandes dimensões (100x65 cm), repleto de poemas visuais de um lado e do outro, de grande impacto visual, que foram colados nas ruas e noutros espaços públicos das cidades onde decorreu a Bienal.

Assim, Barakaldo, Bilbao e Sestao tiveram a possibilidade de contactar com as obras de 45 poetas visuais, quase todos espanhóis, entre os quais Miguel Jiménez/Zenón, Txus Garcia, Sergi Quiñonero, Rodolfo Franco, Antonio Montesinos, Fernando Aguiar, Nel Amaro, César Reglero, Carmen Peralto, Eddie J. Bermúdez, Pere Sousa, José Luis Campal, Felipe Lamadrid, Antonio Gómez, Sérgio Monteiro de Almeida, Gustavo Veja, Caterina Davinio, Francisco Aliseda, Javier Seco, Silvia Lissa, José Blanco, Xavier Sabater e Fausto Grossi, para além dos coordenadores.

Fernando Aguiar, "Calligraphy" 2006

quinta-feira, 3 de março de 2011



ART ACTIONS AGAIN

Inaugura hoje na Galeria dos Prazeres, na Calheta, Madeira, a minha exposição “ART ACTIONS AGAIN” onde vai estar até ao dia 10 de Abril.

A exposição é constituída por pinturas onde é retomada a série apresentada anteriormente na Galeria Pedro Serrenho – Arte Contemporânea (no Porto) em 2005, na qual as telas são realizadas a partir de fotografias de performances, recriadas através de uma transfiguração formal e cromática.

Segundo o crítico Augusto Corvacho “ Efectivamente, é parte da estratégia de produção da sua obra, utilizar com certa frequência imagens de arquivo das acções poéticas levadas a cabo um pouco por todo o mundo.

Deste modo, Fernando Aguiar experimenta outros canais de comunicação e volta a activar o sinal reenviando-o uma e outra vez. O interessante dessa re-apropriação de imagens não está na auto-representação, uma vez que é bem evidente a intenção de apagar qualquer traço retratista e de reconhecimento quando se utiliza propositadamente uma técnica gráfica que coloca num mesmo plano de interesse todos os elementos que participam na dita representação. Deste modo, quer uma letra quer uma cor quer a própria imagem do artista enquadram-se no mesmo nível de importância”.

Não existe, com efeito, a intenção de me retratar ou de me auto-representar, mas apenas a de utilizar imagens de actos criativos efémeros resultantes de intervenções estéticas na produção de novas obras, registando na tela situações artísticas que ficaram apenas na memória de quem as presenciou.

Na inauguração da exposição apresentarei uma performance poética, da qual falarei mais adiante. Em baixo, algumas das telas recentes.


Fernando Aguiar, "Art Action #20", 100x80 cm

Fernando Aguiar, "Art Action #25", 100x80 cm

Fernando Aguiar, "Art Action #26", 100x80 cm

 Fernando Aguiar, "Art Action #23", 100x80 cm