sexta-feira, 29 de julho de 2011


VOIX DE LA MÉDITERRANÉE
(I)

Entre os dias 16 e 23 de Julho decorreu em Lodève, no sul de França, a 14ª Edição do Festival de Poesia Voix de la Méditerranée, sob o patrocínio da UNESCO, organizado pela Câmara de Lodève e pelos conselheiros literários Julien Blaine e Marc Delouze.

Participaram mais de uma centena de poetas, actores, músicos e cantores provenientes de praticamente todos os países do Mediterrâneo, que durante oito dias realizaram mais de 200 apresentações, nesta pequena cidade onde as comunidades tunisina e argelina têm uma forte presença.

Os países representados foram a Albânia, Argélia, Bósnia, Bulgária, Chipre, Croácia, Egipto, Espanha, França, Grécia, Iraque, Líbano, Líbia, Macedónia, Malta, Marrocos, Montenegro, Palestina, Portugal, Sérvia, Síria, Tunísia e Turquia.

Nas palavras da UNESCO, “A unidade e a diversidade são indissociáveis para permitir às sociedades modernas existir sem conflitos. É o que nos permite viver em conjunto e o que nos diferencia, possibilitando a cada um exprimir a sua singularidade e as suas particularidades”, e foi efectivamente nesse clima que se desenrolou o Festival e que se realizaram as leituras e os espectáculos que deram uma panorâmica da diversidade poética e artística dos autores presentes.

Os convidados de honra desta edição foram o poeta sírio Adonis e o espanhol Fernando Arrabal que teve uma retrospectiva da sua obra com a projecção diária dos seus principais filmes.

Devido à qualidade das apresentações, da quantidade de fotografias que tirei e do muito que há a dizer sobre este Festival no qual já participei em 1999 e em 2007, irei desdobrar esta informação em três partes…

Josep Sou

 Bartolomé Ferrando

Ángela Garcia

Julien Blaine

Gökçenur Çelebioglu

Lucía Peiró Lloret

sexta-feira, 22 de julho de 2011


EL PARAÍSO
 
Acabou de ser editado o Nº 93 das Carpetas “EL PARAÍSO”, publicadas em Oviedo, Espanha, por José L. Campal e Aurora Sánchez.

As Carpetas de Poesía Experimental y Mail-Art têm uma tiragem de 25 exemplares e são constituídas por obras mais ou menos originais, normalmente numeradas e assinadas, e integra desenhos, off-set, colagens, fotografia, electrografia e arte digital.

Entre os participantes deste número estão, Antoni Miró, Custodia Romero, Miguel Jiménez, Miguel Agudo, Aurora Sánchez, Sergi Quiñonero, Joaquín Gómez, José L. Campal, Fernando Aguiar, Rafael Marín, J. Ricart, António Gómez, César Reglero e Pascal Lenoir.




sexta-feira, 15 de julho de 2011


NÓS (E) AS EMBALAGENS
DE PLÁSTICO

Em Julho de 1981 eu e o escultor João Limpinho, então estudantes da Escola Superior de Belas-Artes, realizámos na Galeria de Arte desta escola uma exposição intitulada “NÓS (E) AS EMBALAGENS DE PLÁSTICO, na sequência de trabalhos realizados nas disciplinas curriculares.

O objectivo dos estudos foi investigar e analisar o antropomorfismo mais ou menos evidente, da maior parte das embalagens de plástico. No texto de introdução do catálogo escrevemos o seguinte “A forma das embalagens, em muitos casos determinada por factores que pouco têm a ver com a sua função mas sim com a manipulação psicológica do consumidor, revela por vezes aspectos surpreendentes.

Um deles, extremamente curioso, é o antropomorfismo evidente de uma grande quantidade de embalagens de plástico. Na maioria dos casos esse carácter antropomórfico é dado essencialmente pelas linhas que definem os volumes, sobretudo as do contorno lateral, embora muitas delas tenham marcações anatómicas bem determinadas: cabeça, ombros, braços, peito, cintura, etc.

Por outro lado a cor, como elemento de acentuação, ajuda a caracterizar o género… porque existem embalagens “femininas” e “masculinas”. Os trabalhos que aqui se apresentam, inspirados nestas observações, têm um mero carácter experimental. São simples ensaios, tentativas despretensiosas para encontrar no lixo nosso de cada dia propostas de expressão plástica.”

As esculturas foram todas realizadas pelo João Limpinho, enquanto eu fiquei com a componente teórica da exposição e com o design do catálogo. Que foi todo realizado manualmente, excepto a impressão a vermelho no plástico que serviu de embalagem e que, devido à curiosidade e ao interesse que a exposição despertou, houve a necessidade de se fazer uma segunda edição.

Curiosidade motivada também pelo facto da exposição ter sido divulgada na 1ª página do “Correio da Manhã”, facto muito pouco comum na imprensa em Portugal, e com o “bombástico” título “Plástico e Arte dão Arte Plástica”. Para além deste destaque, o “Correio da Manhã” dedicou ainda 2 meias páginas centrais à exposição.

Fica aqui o registo, no preciso dia em que perfaz 30 anos sobre a realização desta exposição na Escola Superior de Belas-Artes de Lisboa.










segunda-feira, 11 de julho de 2011


GHOST – A Sala

“GHOST é uma série de cinco convites feitos a projectos colectivos que, no contexto de uma residência artística, ocupam o espaço do Atelier RE.AL para explorar os modos de apresentação das suas práticas e explorar livremente essa experiência durante duas semanas”.

Começa assim o texto de apresentação deste projecto que convidou os colectivos “Oficina do Cego”, “Detritos”, “Groovie Records”, “A Sala” e “Rádio Zero”, este último a ter lugar de 15 a 24 de Julho.

Fui convidado com o António Poppe para participarmos numa das “Conversas abertas” do colectivo “A Sala”, intitulada “Desenhar o Som das Palavras”, moderada por Susana Chiocca, onde abordámos a temática das letras e das palavras em interacção com a expressividade visual, com a sonoridade, com a performance e com o corpo.

Outras conversas deste ciclo tiveram a presença de Maria Carolina Fenati, Alzira Arouca, Maria do Carmo, Daniel Melim, Sara Trindade, Daniel Ribeiro Duarte e Júlia de Carvalho Hansen, entre outros.

Apresentaram ainda performances os artistas ligados ao colectivo: António Lago, Catarina Miranda, Manuel dos Santos Maia, Susana Chiocca e Tobias Hering.

quarta-feira, 6 de julho de 2011


3D3
REVISTA DE CREACIÓN

A Asociación Cultural Myrtos lançou no mês passado o Nº 5 da revista digital 3D3, com poemas verbais e visuais de Marian Raméntol, Fernando Aguiar, Ángela Serna, Antonio Ramírez, Mónica López Bordón, Agustín Calvo Galán, Rosario Curiel e Alexis R.        

Esta associação tem publicado ao longo dos anos, algumas antologias internacionais de poesia visual, nas quais colaborei, realizando um trabalho criterioso e criativo.

Regressa agora em formato digital permitindo deste modo chegar a um público mais abrangente e diversificado, aposta já conseguida, não apenas pelos autores incluídos nos diferentes números, mas principalmente pela qualidade dos trabalhos apresentados.



"Sound Sonnet", 1996


"A Poesia Morreu. Viva a Poesia! (III)", 1996


"Euripharix Pelecandides Poeticus", 1996


"Má Sorte ter sido Poetisa", 1996