sexta-feira, 29 de outubro de 2010


LINGUAGENS  VISUAIS  NA  POÉTICA  INTERNACIONAL


O XVIII Congresso Brasileiro de Poesia que teve início no dia 25 de Outubro e que termina hoje, incluiu a XV MOSTRA INTERNACIONAL DE POESIA VISUAL, este ano organizada por mim, à qual dei o título de “LINGUAGENS VISUAIS NA POÉTICA INTERNACIONAL”.

Como referi anteriormente, as 3 primeiras Mostras Internacionais de poesia Visual integradas no Congresso Brasileiro de Poesia (1996-1998) foram organizadas pelos poetas Hugo Pontes (que coordenou a secção de poesia visual brasileira), Clemente Padin (América do Norte, Central e América do Sul) e por Fernando Aguiar (Europa e Ásia). Posteriormente as Mostras foram organizadas sobretudo por Hugo Pontes que manteve activa esta importante componente do Congresso.

Apesar do pouco tempo que tive para a preparar, não quis deixar de corresponder ao convite do Ademir A. Bacca e fiz uma breve selecção de obras de importantes poetas, sobretudo europeus (França, Espanha, Itália, República Checa, Inglaterra, Hungria e Alemanha) mas também do Canadá, Uruguai, Chile, Cuba, Estados Unidos da América e, claro, do Brasil e de Portugal, que foram apresentadas na Galeria do S.E.S.C.

Desta vez faço uma listagem exaustiva dos poetas incluídos na Mostra, até porque a maior parte deles está neste momento a tomar conhecimento desta participação. São eles: Julien D’Abrigeon, Mark W. Sutherland, Bartolomé Ferrando, Giovanni Fontana, Antonio Goméz, Jirí Kolár, Arrigo Lora-Totino, Nobuo Kubota, Paula Claire, Julien Blaine, Guillermo Deisler, Paul Nagy, Clemente Padin, Crag Hill, Luciano Ori, Carla Bertola, Alberto Vitacchio, Carol Stetser, Hartmut Andryczuk, Karel Trinkewitz, Jeremy Adler, Uwe Warnke, Artemio Iglesias e Karl Riha.

Do Brasil estão representados Artur Gomes, Hugo Pontes, Rodolfo Franco, Joaquim Branco, Avelino de Araújo, Álvaro de Sá, Philadelpho Menezes, Arnaldo Antunes e Paulo Bruscky. Os portugueses são: António Barros, Emerenciano, Avelino Rocha, Salette Tavares, Antero de Alda, Armando Macatrão, Ana Hatherly, E. M. de Melo a Castro, Manuel Almeida e Sousa, Alberto Pimenta, António Aragão, José-Alberto Marques, Abílio-José Santos, César Figueiredo, Gabriel Rui Silva, António Nelos e António Dantas.

Resta dizer que o Congresso Brasileiro de Poesia decorre na cidade de Bento Gonçalves, no Rio Grande do Sul, Brasil, que este ano homenageou o poeta Ferreira Gullar e que, em simultâneo, decorre o XVIII Encontro Latino-Americano de casas de Poetas.


Arnaldo Antunes

Ana Hatherly

Giovanni Fontana

José-Alberto Marques

Artur Gomes

Hugo Pontes

segunda-feira, 25 de outubro de 2010


CONGRESSO BRASILEIRO DE POESIA

Começa hoje o XVIII Congresso Brasileiro de Poesia, organizado desde sempre pelo poeta Ademir A. Bacca, em Bento Gonçalves, a denominada “Cidade da Uva e do Vinho”, no Rio Grande do Sul, Congresso no qual participei 4 vezes entre 1996 e 2003.

Em simultâneo realizam-se o XVIII Encontro Latino-Americano de casas de Poetas e a XV Mostra Internacional de Poesia Visual, cujas primeiras edições foram organizadas por Hugo Pontes, Clemente Padin e por Fernando Aguiar.

Este ano o poeta homenageado é Ferreira Gullar, e o Congresso integra uma série de actividades que envolvem as escolas e a população desta cidade gaúcha e que decorrem até ao dia 29 desde as 8.00 horas, com as visitas das escolas às exposições de Poesia Visual e com a ida às escolas dos poetas participantes no Congresso (estão envolvidas uma dezena de escolas básicas e secundárias), palestras que decorrem durante o final da manhã, até aos recitais que começam à tarde e se prolongam pela noite.

Os poetas que vão estar em Bento este ano são, entre outros, Ronaldo Wernek, o Grupo Poesia Simplesmente, Renato Gusmão, Cláudia Gonçalves, Dalmo Saraiva, Tanussi Cardoso, Telma da Costa, Glauter Barros, Eduardo Tornaghi, o Jiddu Saldanha, que vai coordenar a “Poesia na Quarta capa” e o Artur Gomes com o recital “Torre de Babel”.

Haverá ainda a abertura, amanhã à noite do XX Salão Internacional de Artes Plásticas do Proyecto Cultural Sur, do qual já fiz parte do Júri, em 2003, e o lançamento das antologias “Poesia do Brasil” (Vol. 11), “Interfaces de Paz e Amor” e “Poemas à Flor da Pele” (Vol. 3).

Este ano a XV Mostra Internacional de Poesia Visual foi organizada por mim e, a convite do Ademir A. Bacca, vou apresentar também uma pequena retrospectiva do meu trabalho entre 1972 (data dos meus primeiros poemas visuais) até 2005. Mas destas exposições falarei proximamente.

Bento Gonçalves, 2003

sexta-feira, 22 de outubro de 2010


GenerAction

Até ao final do mês está patente na Galleria di Arti Visive dell’Università del Melo em Gallarate, Itália, a exposição GenerAction – un promemoria per le generazioni, um projecto de Mail Post.it Art organizado por Ruggero Maggi.

Como o próprio nome indica, a exposição é feita apenas com obras realizadas em pequenos post.it, amarelos e quadrangulares de autoria de cerca de 300 artistas visuais de una quarentena de países.

A extensa lista de participantes começa com o meu nome (a vantagem de me chamar Aguiar) e vou referir apenas alguns dos autores de quem já não tinha notícias há bastante tempo: Fernando Andolcetti, Jonh M. Bennett, Pedro Bericat, Gianni Broi, Klaus Groh, Pascal Lenoir, Rea Nikonova, Michale Perfetti, Hugo Pontes, Tulio Restrepo, Günther Ruch e Serge Segay.

Em 1993 Ruggero Maggi fez uma exposição individual na Galeria Municipal da Amadora, comissariada (naquele tempo comissário era da polícia, mas agora…) por mim, uma instalação com néon que resultou muitíssimo bem. Na inauguração dessa instalação realizámos uma performance, intitulada “Blind Networkers”, já lá vão 17 anos...



segunda-feira, 18 de outubro de 2010


OUSTE

A OUSTE – création et exaggeration é editada em Périgueux (onde em 2002 participei no Festival EXPOÉSIE), por Hervé Brunaux e Fabrice Caravaca.

De pequeno formato, este Nº 18 tem 100 páginas, uma curiosa capa e um elenco de cerca de 60 autores com textos, poemas, desenhos, fotografia, visuais, etc.

Só para citar alguns: Carla Bertola, Clemente Padin, Fernando Aguiar, Lucien Suel, Eduard Escofet, Alberto Vitacchio, Thierry Tillier, Julien Blaine, Julie Morel, Jean-Luc Parant, Artemio Iglesias, Luc Fierens, Gwenaëlle Stubbe e Armand Le Poête…

Fernando Aguiar, "Calligraphy", 2006

quinta-feira, 14 de outubro de 2010


VOXA FABRIKA 10


Começa hoje no Espace Multimédia Gantner em Bourogne, França, o Encontro VOXA FABRIKA 10, organizado pelo colectivo Montagne Froide de Valentine Verhaeghe e Michel Collet.

FABRIKA é um laboratório de experimentação em arte, performance e poesia, e ao longo das várias edições já passaram por este evento cerca de 50 artistas internacionais.

Na edição deste ano vão apresentar performances Maria Cosmes e Carlos Pina, Aude Coulaud, Patrick Dubost, Pauline Repussard, Valentine Verhaeghe, Barbara Sturm, Nathalie Talec e o Groupe de Performance Action Building.

São também exhibidos vídeos de Thananasis Chondros & Alexandra Katsiani, Fernando Aguiar e de Masha Godovannaya. O meu vídeo é uma gravação feita por Jean-Luc Lupieri da performance que fiz durante o 7º Festival Internacional de Performance Art em Monza, Itália, no ano passado.


Fernando Aguiar, Monza, 2009

sábado, 9 de outubro de 2010

 ESCRITAS EM LIBERDADE

A exposição ESCRITAS EM LIBERDADE – Poesia Experimental Espanhola e Hispano-Americana do Século XX, inaugurou anteontem, dia 7, no Instituto Cervantes em Lisboa, com a presença do comissário, José António Sarmiento, e ficará aberta ao público até 25 de Novembro.

ESCRITURAS EN LIBERTAD foi apresentada na sua totalidade o ano passado, no Instituto Cervantes em Madrid, e tem um belíssimo catálogo de 520 páginas com abundante informação sobre as poéticas de vanguarda em Espanha e na América Latina no século XX, centrando-se na obra dos autores que Sarmiento considera mais significativos, desde os históricos como Ramón Gómez de la Serna, Vicente Huídobro, José Juan Tablada ou Marinetti até aos autores da “poesia Total” como Joan Brossa, Júlio Campal, Zaj, Juan Hidalgo, Fernando Millán, Francisco Pino, Guillem Viladot, Filipe Boso, Edgardo António Vigo, Clemente Padin, Guillermo Deisler, António Gómez, Bartolomé Ferrando ou J. M. Calleja.

A exposição em Lisboa é uma súmula da que foi apresentada inicialmente em Madrid, e é constituída por obras originais, serigrafias, fotografias, catálogos, livros, objectos, revistas e cartazes, bastante ilustrativa do que foi este movimento poético em Espanha, e será apresentada durante os próximos anos noutros centros do Instituto Cervantes em todo o mundo.

Na inauguração realizou-se uma mesa redonda bastante informal, que decorreu em simultâneo com a visita à exposição e na qual participaram José Antonio Sarmiento, António Gómez e Fernando Aguiar. Esteve também presente o actor e poeta visual Manuel Almeida e Sousa.


José Antonio Sarmiento

António Gómez, Manuel Almeida e Sousa, J. A. Sarmiento e Fernando Aguiar

segunda-feira, 4 de outubro de 2010


FRANTICHAM’S
ASSEMBLING BOX

A FRANTICHAM’S FLUXUS ISLAND – ASSEMBLING BOX Nº 7, organizada pelo Francis Van Maele, em County Mayo, na Irlanda, é uma revista de artista com obras inspiradas no movimento Fluxus e na poesia visual.

Com uma edição de apenas 40 exemplares, todos os trabalhos dos 23 participantes têm um carácter original, alguns dos quais tridimensionais, sendo numerados e assinados pelos autores. Depois são colocados numa caixa com uma tampa serigrafada pelo Francis, é enviado um exemplar a cada participante e ficam apenas 15 exemplares para venda.

A Assembling Box tem uma periodicidade mais ou menos mensal, e a qualidade das colaborações é elevada. Pelos comentários que tenho visto no facebook, toda a gente partilha desta opinião.

Quanto aos (alguns) nomes, e pela ordem do verso da capa, temos Fernando Aguiar, Vittore Baroni, Lancillotto Bellini, Jonh M. Bennett, Ana Boschi, Bruno Chiarlone, Picasso Gaglione, , Klaus Groh, Jürgen O. Olbrich, Sergi Quinonero, Pete Spence, Carol Stetser e Sztuka Fabryka, provenientes de uma dúzia de países.