quarta-feira, 28 de março de 2012


MULHERES EMERGENTES

Já aqui elogiei o persistente trabalho da poetisa Tânia Diniz que há 21 anos publica regularmente MULHERES EMERGENTES – O sensual em cartaz, isto é, um cartaz com um formato próximo do A2, no qual são editados poemas curtos, maioritariamente escritos por poetisas.

Tem uma tiragem de 1.000 exemplares, sede em Belo Horizonte, mas percorre todo o Brasil e algumas cidades do exterior, pelos circuitos ligados à poesia, e “visa descobrir e publicar novos talentos, ao lado dos já reconhecidos e ser fonte de pesquisa, enfatizando o feminino nas artes”.
O Nº 20, aquele ao qual me vou referir, foi publicado em Janeiro de 2010, e é justamente dedicado a Tânia Diniz, uma homenagem que a co-editora Ana Carol Diniz, sua filha, lhe quis prestar.

A parte da frente deste MULHERES EMERGENTES está repleto de poemas e haiku da Tânia (uma forma poética de especial agrado desta poetisa) e, no verso do cartaz, estão poemas e textos de cerca de 40 autores, entre os quais os poemas de Wilmar Silva, Ivone Vebber, Helena de Assis, Kiko Ferreira, Caio Junqueira Maciel, Olegário Alfredo, um desenho de Olga Savary e depoimentos de Zanoto, Clevane Pessoa, Teruko Oda, Leila Míccolis, Murilo Rubião, Affonso Romano de Sant’Anna, Márcio Almeida, Fernando Aguiar e de Rogério Salgado.

terça-feira, 20 de março de 2012


VISUAL ESSAYS

Depois de edição de CALLIGRAPHIES, em 2007, VISUAL ESSAYS é o meu segundo livro publicado pela Redfoxpress, de Francis Van Maele, em County Mayo, na Irlanda.

Integra, tal como o anterior, a coleção “C’est Mon Dada”, direcionada para a edição de obras que combinem texto e imagem, desde poesia experimental e visual a outras obras realizadas num espírito Fluxus ou Dadaísta.

Nesta coleção já publicaram autores como Klaus-Peter Dencker, Pierre Garnier, Jürgen O. Olbrich, Jonh M. Bennett, Luc Fierens, Richard Kostelanetz, Klaus Groh, Hartmut Andryczuk, Lucien Suel, Clemente Padin, Julien Blaine, Vittore Baroni, J. M. Calleja, Bruno Chiarlone, Miguel Jimenez, Thierry Tillier, Derek Beaulieu, Nico Vassilakis, Carla Bertola, Pete Spence, Alberto Vitacchio, Scott Helmes, Demosthenes Agrafiotis, Carol Stetser, Anna Boschi, Giovanni Fontana, Fernando Garcia Delgado, Andrew Topel, Jean-François Bory, isto é, uma boa parte da nata de poetas visuais de todo o mundo.

Regressando a VISUAL ESSAYS, integra 37 poemas visuais que criei nos anos 80 e 90, a grande maioria inéditos, com uma forte componente da “letra”, que é utilizada como elemento estético, sempre com o recurso à colagem, em muitos casos sobre um suporte serigrafado, e nos quais a cor é um outro fator preponderante.

O livro tem 44 páginas impressas a cor, capa dura, 15x10,5 cm, custa 15 € e, para quem estiver interessado, o contato do Francis  é: info@redfoxpress.com . Podem também consultar: http://www.redfoxpress.com/dada-aguiar2.html


















quarta-feira, 14 de março de 2012



VOSTELL – UN ARTISTA DE VANGUARDIA

Wolf Vostell faleceu em 1998, dois anos depois de eu ter realizado uma exposição individual no Museo Vostell Malpartida, a convite do próprio Wolf. No ano passado, Mercedes Guardado, esposa do artista durante 40 anos, publicou um belíssimo livro intitulado “MI VIDA COM VOSTELL – UN ARTISTA DE VANGUARDIA” que, ao longo das suas 608 páginas, relata minuciosamente todo o percurso artístico desse importante artista fluxus, incluindo dezenas de reproduções de pinturas, esculturas, instalações, happenings, fotografias e vídeos.

Na descrição das viagens e da realização da maior parte das obras de Vostell, são referidos cerca de 1.400 nomes, a grande maioria de artistas que privaram com Wolf, mas também de galeristas, curadores, amigos, etc.

Os portugueses referidos no livros são Jorge Lima Barreto, Conceição Pedro, Ção Pestana, Fernando Pernes, Bernardo Pinto de Almeida, Manuel Rio de Carvalho, Artur Rosa, Rosa de Lima, Tulia Saldanha, Julião Sarmento, João Soares, João Vieira e Ernesto de Sousa, grande amigo de Wolf Vostell.

Mercedes relata as quatro vezes em que estivemos juntos. A primeira refere-se à nossa participação no evento “DIÁLOGOS SOBRE ARTE CONTEMPORÂNEA”, organizado pela Fundação Calouste Gulbenkian, em 1985, e a conferência que demos juntamente com Ernesto de Sousa, Manuel Rio de Carvalho e João Vieira.

A segunda foi em 1988, quando convidei Wolf Vostell para inaugurar o II ENCONTRO NACIONAL DE INTERVENÇÃO E PERFORMANCE, na Amadora. “Vostell participo el primero dia de estas proyecciones com sus vídeos Epos Vostell – película que acabara de realizar nuestro hijo David sobre toda su obra – y El Desayuno de Leonardo da Vinci en Berlín. Después hubo un colóquio com el público. Como era habitual, la acogida y cariño com el que nos trataran los portugueses fue, una vez más, sublime”.

As restantes foram sobre a minha ida a Malpartida de Cáceres para preparar a exposição “Arte D’Escrita”, e sobre a montagem e inauguração da mesma, em 1996. Em baixo reproduzo fotos de duas instalações e de uma pintura apresentadas no Museo Vostell Malpartida.


"Escrita D'Arte (Romance)", 850x510 cm, 1996


"Arte D'Escrita", 250x160 cm, 1996




"Soneto de Barras", 651x456 cm, 1991-1996


sexta-feira, 9 de março de 2012


OS LIVROS (II)

Inaugurou no dia 1 deste mês, na Galeria Gravura Brasileira, em São Paulo, a exposição “Arte Postal – Os Livros”, organizada por Constança Lucas, e que já foi apresentada na Alpharrabio Livraria e Centro Cultural entre os dias 17 de Setembro e 15 de Outubro, em Santo André, no Brasil.

No catálogo, com o formato de envelope desdobrável, Dalila Teles Veras escreveu:” Uma exposição de Arte Postal como esta, cujo tema são os livros, composta por nada menos que 582 postais, enviados por 289 participantes de 20 diferentes países, resgata, além de tudo, a arte da epistolografia, comunicação que rejeita a massificação, única e pessoal, correspondência com valor artístico. Exposição (também) para ser lida.”

De entre os quase 300 participantes podem-se referir Ana Aly, Bruno Chiarlone, César Reglero, Clemente Padin, Constança Lucas, Emerenciano, Emilio Morandi, Felipe Lamadrid, Fernando Aguiar, Giovanni Strada, Hilda Paz, Hugo Pontes, Joaquim Branco, Joaquim Lourenço, John M. Bennet, Lancillotto Bellini, Luc Fierens, Paulo Bruscky, Pedro Bericat, Roberto Keppler, Ruggero Maggi, Serse Luigetti, Thierry Tillier e Zhô Bertholini.