sábado, 9 de agosto de 2008

TERÇAS POÉTICAS
AO INTERIOR DE MINAS GERAIS
A segunda edição das “Terças Poéticas” fora de Belo Horizonte aconteceu no dia 18 de Julho em Cataguases, uma tranquila e bonita cidade no sul de Minas Gerais.
Cataguases aposta forte na cultura. Para além de ser a terra de grandes escritores como Ronaldo Werneck, Joaquim Branco ou P. J. Ribeiro e da lendária revista “Verde”, tem dois bonitos Centros Culturais e um Museu onde decorriam exposições temporárias, fora outros equipamentos similares que não tive oportunidade de conhecer nos dois (meios) dias que lá passei.
Ouvi falar de Cataguases pela primeira vez em 1996, quando a revista “Pensaminto” dirigida pela poetisa Idalina de Carvalho dedicou uma página aos meus poemas visuais, e depois, em 2002, quando colaborei no “Suplemento de Cataguases” pela mão (penso) do Joaquim Branco.
Por dificuldades financeiras, a “Pensaminto” terminou (assim como dezenas de publicações alternativas no Brasil) mas Idalina de Carvalho continua como activista cultural (para além de tomar conta de 90! crianças) e mantém, todos os domingos, na feira que se realiza na Praça Central, uma banca onde divulga vários livros de poesia, onde oferece alguns, e também jornais e outras publicações culturais. Nada é para vender: tudo é para consultar ou oferecer!!!
Regressando às “Terças Poéticas” organizadas pelo Wilmar Silva no Museu Chácara Dona Catarina com o apoio local do Ronaldo Werneck, foi uma noite bem agradável que se iniciou com a leitura de poemas de Guilhermino César (o poeta homenageado) por Renatta Barbosa, a que se seguiu uma leitura do poeta histórico Ronaldo Werneck, autor entre outros de 2 excelentes livros “Selva Selvaggia” e “Noite Americana Doris: Day by Night”, cujo trabalho já conhecia há vários anos e que tive agora o prazer de conhecer pessoalmente, pela simpatia com que nos recebeu e acompanhou durante a nossa estadia.
Depois foi a performance poética de Joaquim Palmeira e de Milton César Pontes, com a energia que caracteriza estes dois poetas mineiros, terminando a sessão de leituras com a minha intervenção.
A seguir foi a vez do artista Anand Rao, que musicou na hora poemas que lhe foram entregues na altura por alguns poetas que estavam a assistir ao evento. Quando o Wilmar me contou esta façanha do Anand, pensei que a qualidade do resultado não seria grande, mas enganei-me: Anand Rao é um muito bom improvisador e a sessão terminou animada com as suas canções.
Museu Chácara Dona Catarina
Ronaldo Werneck
Wilmar Silva e Milton César Pontes
Anand Rao

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