terça-feira, 18 de janeiro de 2011



 O DEDO


Em 1981 (faz agora 30 anos) publiquei o meu 4º livro e o segundo de poesia, depois de “Poemas + ou – Histó(é)ricos” (Poesia, ed. Autor, 1974), “Rosarinho” (Infantil, ed. Parceria A. M. Pereira, 1979) e “Rosarinho e Alzira” (Infantil, ed. Parceria A. M. Pereira, 1979).

“O DEDO – Poema em 22 Andamentos” foi o primeiro livro onde fiz uma incursão pela poesia visual (e depois das duas exposições de poesia visual que apresentei na Galeria da E.S.B.A.L em 1979 e no Teatro da Comuna, em 1980), a par de poemas experimentais e de outros mais próximos da poesia discursiva, mas todos tendo como temática “o dedo”.

O livro foi constituído a partir de um trabalho da disciplina de Estética, na Escola Superior de Belas-Artes de Lisboa que, depois de revisto e acrescentado resultou neste livro, escrito entre Junho de 1977 e Março de 1978.

Mas o carácter visual do livro, com apenas 32 páginas, começou logo pelo design exterior, com o formato de um dedo, resultando num objecto estético que foi, aliás, a minha ideia, desde que o comecei a conceber, porque pretendia que a forma do livro estivesse intimamente ligada ao seu conteúdo.

Ao contrário dos meus restantes livros, este vendeu-se relativamente bem (a distribuidora – Assírio & Alvim - vendeu várias centenas de exemplares) e, na altura, talvez pelo “visual”, o livro fez algum sucesso.

Resta dizer que “O DEDO” integra o meu poema mais divulgado - “DOIS DEDOS DE CONVERSA” - que já foi publicado 44 vezes em revistas, jornais, antologias e catálogos, tendo sido capa das revistas “Poetry Halifax Dartmouth” (Canadá), “Axle” (Austrália) e no jornal cultural “Garatuja” (Brasil).

 
"Impressões Digitais", 1978

 "Dois Dedos de Conversa", 1978

"Soneto Digital", 1978

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