POESIA EXPERIMENTAL PORTUGUESA
Inaugurou no dia 6 de Maio mais uma apresentação de exposição “Poesia Experimental Portuguesa”, da colecção da Fundação de Serralves, agora no Museu de Arte e Arqueologia em Viana do Castelo.
E mais uma vez os poetas que participam na exposição não foram convidados para a inauguração ou, simplesmente, informados que a mesma se iria a realizar, tendo ficado a saber desta mostra pela internet. Mesmo não nos querendo convidar, uma simples informação seria da mais elementar razoabilidade e boa educação, mas o mesmo não pensam os responsáveis pelo Museu de Serralves, optando pela falta de consideração pelos autores das obras porque, afinal, é disso que se trata. Mesmo sendo estas propriedade do Museu.
A mostra, comissariada por João Fernandes, director do Museu de Serralves, inclui obras de Ana Hatherly, António Aragão, António Barros, E. M. de Melo e Castro, Fernando Aguiar, Salette Tavares e Silvestre Pestana.
No texto publicado no “Cultura online”, pode-se ler que “A partir de meados da década de 60, um grupo de artistas e poetas portugueses configuram, a partir da Poesia Visual, um momento de ruptura que redefine os conceitos de texto e de objecto artístico, fazendo coincidir um discurso poético com um discurso político e com a elaboração conceptual do espaço e dos objectos como transformadores da percepção e da sociabilidade”.
“Nos seus eventos, exposições, objectos e edições, os poetas experimentais surgem em Portugal como precursores das linguagens conceptuais e da arte processual, usando materiais pobres redefinindo o objecto de arte e insistindo na revelação do próprio fazer inerente à criação artística. Vanguardistas em relação ao contexto literário e artístico português, sofrerão por outro lado uma marginalização consequente da radicalidade de muitas rupturas em relação a estes dois campos”.
“Nos dias de hoje, a Poesia Experimental Portuguesa é uma desconhecida de grande parte dos públicos literários e artísticos portugueses, apesar de representar um daqueles raros momentos em que, no século XX, um conjunto de criadores foi em Portugal completamente contemporâneo do seu tempo, participando assiduamente em todas as exposições e publicações internacionais mais significativas neste contexto".
Como não sei que trabalhos meus é que estão expostos, deixo aqui três deles que pertencem à colecção de Serralves.
Como não sei que trabalhos meus é que estão expostos, deixo aqui três deles que pertencem à colecção de Serralves.
"Ensaio para uma Nova Expressão de Escrita V", 1979
"Socorro!", 1977
"Ensaio para uma Nova Expressão da Escrita III", 1978
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