CORSÁRIO
O primeiro
número da revista CORSÁRIO foi publicado em Julho na cidade brasileira de
Fortaleza, sob a direção dos poetas Mardônio França e Katiusha de Moraes.
E o
editorial começa assim: “É com grande
alegria que apresentamos a REVISTA CORSÁRIO Nº01, editada, pela primeira vez,
nesse suporte revolucionário: o papel.
A REVISTA CORSÁRIO surgiu em 2005 e, ao contrário de
outras revistas de literatura, já nasceu no meio cibernético.”
“Neste primeiro número, vamos conversar sobre a
multiplicidade das linguagens, suportes e a mistura de signos (dança
semiótica): vídeos, artes plásticas, fotografia, performance, cidade, corpo,
dança, teatro… Uma nova conjunção de fazer/ler o texto literário.”
“Nesta edição, temos a
entrevista com o nosso São João Batista da literatura cibernética: Augusto de
Campos; performance e poesia no Além-Mar por Fernando Aguiar; uma conversa
sobre o papel digital e o papel tradicional por Katiusha de Moraes; o projeto
Cidade Poema, descrito pela idealizadora Laís Chaffe; as infiltrações de Edson
Cruz; os quanta da Márcio-André; uma introdução à videopoesia, por Henrique
Dídimo…”
E
a CORSÁRIO está praticamente apresentada. Resta dizer que tem um formato A-4,
74 páginas, inúmeras ilustrações a cores, e ainda vários colaboradores, como
Nuno Gonçalves, André Dias, Ayla Andrade, Constance Brito, Demetrios Galvão,
Dirceu Matos, Fabrice Ziegler, Pipol, Poeta de Meia-tijela e Stella Marina,
entre outros, num excelente resultado pelo qual temos que parabenizar
(utilizando a expressão brasileira) Mardônio França, o pirata-mor.
Para além das
fotografias de performances de Julien Blaine, Giovanni Fontana e de Bartolomé
Ferrando (e de um poema visual meu já aqui editado) que “ilustram” o meu texto,
o Mardônio incluiu um poema que escrevi no início dos anos 80, e que vai ser
publicado no livro “ESTRATÉGIAS DO GOSTO”, a sair ainda este mês pela
Escrituras Editora de São Paulo, que é o Nº 1.a do capítulo “Tanto tão pouco”.
ao centro também me sento
no canto também se calha
a colheita também se colhe
se encolho também encalho
se malho também enxuto
de fora também desfruto
a disputa também existe
e o exacto também se acha
o enlace também se cose
a coisa também se loiça
o laço também desfaço
se corro também escarro
e o escasso também entoo
à toa também não maço
se faço também é facto
no acto também actuo
o arco também arqueia
a seara também semeia
a meias e a pronto também
também a ponte se aponta.
1 comentário:
venho aqui e dou de cara com a revista anuciando uma entrevista com Augusto de Campos, minha referência maior.
Passei a ser um seguidor de seu blog.
Abraços.
Rubens
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