Jorge Luiz António escreveu aquele que será durante muito tempo a obra de referência da poesia digital – “POESIA ELETRÔNICA – negociações com os processos digitais”. É a pesquisa mais exaustiva e completa que conheço, escrita em língua portuguesa, referente à poética realizada por meios tecnológicos desde as primeiras experiências de poesia informática do alemão Theo Lutz em 1959 até aos hipertextos mais recentes, passando por toda uma série de experiências, directa ou indirectamente realizadas e produzidas através de meios digitais. Este livro é O livro ! A obra impressa aborda questões como Poesia e Tecnologia, Poesia, Arte e Ciência, Poesia e Computadores e elabora uma tipologia dos diversos géneros poéticos abrangidos por esta temática. A complementar as 200 páginas do livro está um CD-Rom que contém cerca de 500 páginas que desenvolvem dois dos capítulos do livro, denominações da poesia eletrônica, antologia de textos teóricos, uma antologia de poemas verbais, visuais e digitais, uma completíssima cronologia da poesia eletrônica com a reprodução de vários documentos que se referem ou contêm poesia digital, um glossário e 111 páginas de referências bibliográficas que representam, no conjunto (livro + CD-Rom) um completíssimo trabalho de investigação. Ao longo de toda a obra o nome de E. M. de Melo e Castro é uma referência constante (é dele, aliás, o texto de introdução e o poema da contracapa do livro), sendo quase todos os poetas experimentais portugueses referidos com alguma frequência. A antologia “Poemografias – Perspectivas da poesia Visual Portuguesa” é referida algumas vezes e têm poemas no CD-Rom Fernando Aguiar, António Aragão, José de Assunção, Pedro Barbosa, E. M. de Melo e Castro, António Gedeão, Eurico Gonçalves, Ana Hatherly, Constança Lucas, Ângela Marques, Fernando Pessoa, Silvestre Pestana, Manuel Portela, Jorge M. Martins Rosa, Mário de Sá-Carneiro, André Sier, Francisco Soares e Rui Torres. Quem quiser notícias mais actualizadas pode aceder a http://jlantonio.blog.uol.com.br/
POESIA ELETRÔNICA
quinta-feira, 3 de dezembro de 2009
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2 comentários:
realmente um livro mto bom
Agradeço o Fernando Aguiar pelo comentário sobre o meu livro, especialmente pelo cuidado em observar vários aspectos de minha pesquisa, especialmente as referências aos meus queridos poetas portugueses.
Além do constante apoio do estimado E. M. de Melo e Castro, não posso deixar de fazer referência a outro grande guru, que é Pedro Barbosa, pioneiro da poesia digital portuguesa, e autor de uma grande obra, dentre outras de sua lavra, que é "A Ciberliteratura: Criação Literária e Computador", de 1996, um marco nos estudos da poesia digital não apenas na terra de Camões, mas em outras plagas.
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